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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Sintra, memória de sempre

Sítios há, pela vibração que irradiam,
mais poderosos que outros.
A sua atmosfera e frequência de emanação
faz deles lugares únicos e previlegiados.
Sintra é um desses lugares.
Nela se cria um determinado campo vibratório
ou qualidade energética,
que ressoa em nós,
expandindo-nos a Alma e o sentir.
Em Sintra a sua “onda” é passiva, nocturna, introvertida, feminina, húmida,
lunarizada...
Força telúrica aberta ao Cosmos,
Sintra torna-nos igualmente receptivos,
numa postura de tranquilidade
e reconhecimento.
Sintra interioriza.
Acorda a voz da Alma,
encaminha-a na sua procura de Unidade,
desperta-a, para outra e maior dimensão...

Num Mundo desalmado,
sem pausas nem silêncio,
feito de turbulência, extroversão,
tensões de várias naturezas
e total carência de Vida Maior,
Sintra existe como oportunidade.
Oportunidade de reencontro:
com o mais íntimo, o mais subtil,
a essência Eterna que nos habita...
Sintra aparece como o elo perdido,
a nota novamente afinada,
a chamada aos Mundos internos...
Eco longínquo de um Som primordial,
antigo mantra iniciático,
vibração há muito esquecida,
Sintra devolve-nos a harmonia do seu reconhecimento.

Para quem souber ouvir...
para quem estiver atento,
capaz de já sentir o invisível
presente no visível,
o oculto além das aparências,
“o sem forma, que habita todas as formas”,
a realidade que se revela
na irrealidade daquilo que parece Ser...

No entanto, Sintra não deve ser um refúgio,
uma evasão ou uma fuga ao conflito dos Tempos.
Essa é a tentação que ameaça
quem nela se perde em vez de se encontrar.

A afinidade que Sintra propõe à memória da Alma,
há que a interiorizar e meditar,
que a tornar consciente,
para que a saibamos definitivamente
passar aos outros,
trazê-la a um Tempo hostil
que importa regenerar.

É Verdade que pede revelação.
A magia de certos lugares,
a emanação de certos Espaços Míticos,
é uma bênção, uma Graça, uma abundância...
Algo que nos é oferecido
para que possamos revitalizar
o nosso Eu maior.
Justo, nesse lugar da Terra, ali, onde se abrem
Canais de receptividade Cósmica,
onde baixam Poderes Sagrados,
onde se sintonizam altas-frequências,
onde se evidencia
o que sempre Foi, É e Será sempre...

Locais que são dádivas.
Pontos de Síntese.
Arco-Íris entre a Terra e o Céu.

Centros de convergência energética,
onde a Vida se exprime mais intensamente,
e nos devolve a evidência interior
de um Tempo sem Tempo...

Saibamos agradecer.

Maria flávia de monsaraz

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